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Foto: Reprodução |
Estêvão, Vitor Roque e Paulinho são candidatos a protagonistas no jogo contra o Chelsea. Cada um deles pode alimentar diferentes motivações para esse confronto histórico. A partida contra o time inglês pode selar com brilho uma despedida, uma afirmação ou uma redenção.
Estêvão " joga contra o futuro"
Estêvão terá pela frente o clube que comprou seu passe. Após o Mundial, o atacante de 18 anos se apresenta ao Chelsea. O detalhe é que, até aqui, o atacante ainda não conseguiu brilhar como se espera no torneio. O camisa 41 foi titular em todos os jogos do Alviverde na competição, mas sem protagonismo e sem gols.
O atacante tem enfrentado a marcação pesada dos adversários, e já deve imaginar a responsabilidade de corresponder ao investimento milionário feito pelo clube inglês, que antes de mais nada, será o seu adversário.
O desafio também é emocional. O garoto vai enfrentar o time que, em breve, defenderá, e deixará a sua primeira impressão em campo.
Vitor Roque: a cobrança silenciosa pela explosão
Vitor Roque voltou da Europa com status. Contratado a peso de ouro após passagem apagada pelo Barcelona, o centroavante chegou ao Palmeiras como um investimento recheado de expectativa, e, o desejo pessoal de, quem sabe, voltar à Europa. Mas até aqui, o Mundial tem sido frustrante para ele.
Roque ainda não balançou as redes na competição. Teve boas movimentações, mas a cobrança por gols pesa. Nas últimas partidas, teve atuações discretas, finalizou pouco e ainda parece buscar confiança.
Contra o Chelsea, terá mais uma chance, que pode ser a última neste torneio. A comissão técnica do Verdão ainda acredita que o seu talento pode explodir no momento decisivo, mas com a consciência de que é ele quem precisa quebrar essa barreira, arriscando mais, aparecendo mais, acertando o gol. O Mundial exige isso, e Roque sabe que, se quiser seguir no radar internacional, precisa entregar.
Paulinho: o sacrifício que virou arma
Paulinho não sabia se conseguiria jogar o Mundial. O atacante também custou caro aos cores alviverdes, mas tem sofrido com dores na canela, resultado de uma cirurgia recente. Embarcou para os Estados Unidos com restrições médicas e minutos contados. Mas, em campo, virou um dos símbolos da campanha até aqui.
Foi dele o gol da reação do Palmeiras, no empate em 2 a 2 contra o Inter Miami, na terceira rodada fase de grupos. O empate evitou que o clube encarasse logo de cara no mata-mata do Mundial, o atual campeão da Champions, o PSG. Também foi de Paulinho o gol da classificação contra o Botafogo, nas oitavas, novamente vindo do banco e com o físico no limite.
Abel Ferreira já avisou: Paulinho não consegue atuar por mais de 30 minutos. É pouco, mas tem sido suficiente. O atacante se tornou uma arma estratégica, mesmo sem estar 100%. Seu comprometimento com o time o transformou em peça fundamental. Contra o Chelsea, a tendência é que o plano se repita: deixar o sacrifício pronto para o momento certo.
Um jogo, três motivações
Estêvão "joga contra o futuro". Roque, contra ele mesmo. Paulinho, contra o próprio corpo. Três histórias, um mesmo adversário. E o Palmeiras em busca de mais um capítulo épico no futebol mundial.
Palmeiras e Chelsea se reecontram após a final do Mundial 2022, em Abu Dhabi. Brasileiros e ingleses se enfrentam nesta sexta-feira, às 22h (horário de Brasília), no estádio Lincoln Financial Field, em jogo válido pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. O vencedor vai à semifinal do maior Mundial de Clubes já realizado.