Uma cor, uma identidade e um amor que não desbota com o tempo.
Não é apenas um pigmento. O verde do Palmeiras não se explica com códigos Pantone, nem se limita ao campo de visão. Ele pulsa, vibra, provoca. Ele é, sobretudo, um estado de alma.
Fundado como Palestra Itália, o clube já nasceu tingido pela esperança. A imigração, o trabalho duro, o suor dos que construíram São Paulo com as mãos, tudo isso se traduziu no verde.
Quando o clube foi forçado a mudar de nome em 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, a cor permaneceu. Mudaram o nome. O verde ficou.
Era como se o que estivesse nas camisas fosse menos importante do que o que estava debaixo da pele.
Verde é vida. Verde é esperança. Verde é o campo, a mata, o Brasil profundo.
Mas para o torcedor palmeirense, verde é também fúria, fé, renascimento. O Verde é um símbolo, uma herança.
É o verde que correu na veia da Primeira Academia.
É o verde que explodiu no Morumbi em 1993.
É o verde que ventilou Montevidéu.
É o verde que reinou na América duas vezes seguidas.
É o verde que ninguém copia.
Quantos clubes tradicionais têm o verde como cor principal? Poucos.
E quantos vivem essa cor com intensidade?
Cada camisa verde é uma declaração de pertencimento.
Cada estádio invadido por essa mancha esmeralda é um lembrete de que há algo inimitável nessa devoção.
Você reconhece um palmeirense pelos cantos, pelo jeito de torcer. E mesmo quando não fala, o verde fala por ele.
Na tatuagem, no cachecol, no detalhe do boné, no chaveiro, no esmalte. Em qualquer coisa que pareça pequeno ou comum, o verde vai está lá dando importância e comunicando: "aqui é Palmeiras".
E talvez por isso...
... quando se pergunta a um palmeirense por que ele ama tanto esse clube,
a resposta, quase sempre, vem num tom diferente. Em um tom meio verde.
📄 FICHA
Série: Ser e Pertencer
Episódio: Episódio 1 – Por que somos tão obsecados pela cor verde?
Formato: Narrativo com ambientação documental
Duração estimada de leitura: 2 minutos
Texto original: Nayra Antunes
Pesquisa histórica: Fontes jornalísticas,bibliográficas, audiovisual e acervo do clube
Produção: Independente / OOINC
Publicação: Agosto de 2025
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