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O placar foi nulo, mas a atuação do Palmeiras na estreia do Mundial de Clubes 2025 reverberou em diversas línguas. Dominante por quase todos os ângulos estatísticos, o Verdão empatou por 0 a 0 com o Porto, neste domingo (15), em Nova Jersey, e abriu o torneio com sorriso amarelo, pois esteve mais perto da vitória e arrancou elogios da crítica internacional.
O jogo, disputado no MetLife Stadium, foi marcado por um controle quase absoluto do Palmeiras, mas também pelo o dia inspirado por Cláudio Ramos, goleiro reserva do time português, que foi protagonista de ao menos três defesas cruciais no jogo e também contou com a ajuda da trave. O time do Porto conseguiu se salvar de três tentativas seguidas do ataque do Palmeiras, sendo dominado nos 30 minutos finais de jogo.
Se faltou o gol, sobraram ansiedade e a sensação de que o Verdão deixou escapar dois pontos, não por desatenção, mas por um detalhe que muda campeonatos: a bola que não entra.
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A leitura da partida fora do Brasil foi direta: o Palmeiras dominou e merecia ter vencido. O diário espanhol AS definiu a atuação como “completa”, com destaque especial ao jovem Estevão, eleito o melhor em campo. O atacante de 17 anos foi chamado de “fenômeno precoce”, com “visão de jogo de veterano e controle técnico acima da média”.
Já o El País reforçou que “o futebol brasileiro veio reluzir seu velho orgulho”, destacando o duelo técnico entre Alviverde e Porto igualmente equilibrado.
A agência Reuters, em análise pós-jogo, cravou que o time alviverde foi “contido por um goleiro em noite inspirada”, enfatizando que Cláudio Ramos foi o nome que impediu uma vitória brasileira. A CNN Internacional acompanhou o tom: "o Porto sobreviveu", destacou, em contraste ao protagonismo alviverde.
A leitura é praticamente unânime: o Palmeiras teve proposta, volume e presença — e causou impacto positivo, mesmo sem balançar as redes.
E agora?
No papel, o empate deixa o Grupo A totalmente em aberto. Todos os times somam um ponto e nenhum gol marcado. Mas na narrativa da competição, o Palmeiras saiu com saldo simbólico relevante: mostrou identidade, organização e um elenco com brilho jovem e maturidade coletiva.
Se a pontaria afinar, o cenário muda. E a estreia, ainda que sem euforia, crava um sinal claro: o Palmeiras pode atingir coisas boas nos Estados Unidos.