Palmeiras tira lições importantes no Mundial contra o Chelsea

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Raphael Veiga comemora gol contra o Chelsea no mundial (Foto: Reprodução/Twitter)

A final do Mundial de Clubes entre Chelsea x Palmeiras teve um Verdão muito aplicado em campo, com a proposta de deixar jogar e explorar os espaços da equipe inglesa.

Abel Ferreira sabia que tinha pela frente um adversário da mais alta qualidade. O Palmeiras estava consciente disso e soube dificultar a vida do atual campeão da Champions League.

Chelsea x Palmeiras, jogo foi o primeiro confronto entre as equipes na história (Foto: Divulgação/Fabio Menotti/Palmeiras)

Aos 9' do 2T, Hudson-Odoi conseguiu se safar da marcação e cruzou para Lukaku, que subiu para cabecear e abrir o placar, em Abu Dhabi.

Para alívio dos alviverdes, pouco depois, o VAR apontou mão na bola de Thiago Silva, pênalti para o Palmeiras. Raphael Veiga bateu sem chance para Mendy.

O meia nunca perdeu um pênalti com a camisa alviverde, 16 cobranças, 16 acertos. O gol animou a torcida e aumentou as investidas da equipe paulista no ataque. Mas pouco depois,Veiga demonstrou sentir um desconforto e foi substituído pouco depois.

Abel Ferreira também viu Thomas Tuchel, treinandor do Chelsea, mexer no time. Com 1 a 1 e o cansaço surgindo, a discrepância entre o banco de reservas apareceu.

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Chelsea aceitou a proposta do Verdão, mas não conseguiu colocar a bola na rede no primeiro tempo ( Foto: Divulgação/ Fábio Menotti/Palmeiras)

Um pênalti decidiu o Mundial

O jogo foi para a prorrogação, Dudu e Rony foram substituídos. Atuesta, Wesley, Rafael Navarro, Jaílson e Deyverson entraram. Como resultado, o Palmeiras perdeu mais qualidade, ficou mais defensivo em campo.

Do outro lado, entrou jogadores como Pulicic, Ziyech e Sarr, e o nível dos ingleses foi menos afetado. O Verdão não teve substitutos para jogadores como Dudu e Raphael Veiga, peças-chave da equipe, atualmente.

O Alviverde se segurou até os 8' do 2T da prorrogação. Quase no fim, o árbitro australiano checou um possível pênalti de Luan. Ao consultar o VAR, o juiz viu mão na bola do zagueiro e apontou pênalti. Havertz tirou de Weverton, marcando o gol do título dos ingleses, o primeiro mundial da equipe.

Um Palmeiras forte, apesar das limitações 

O Chelsea não teve tantas chances perigosas no jogo. Isso foi mérito da forte marcação do Palmeiras, da surpreendente atuação de Gustavo Scarpa e de Luan, que fez atuação perfeita à frente da zaga até cometer o pênalti.

O time do Palmeiras seguiu à risca todo o plano traçado por Abel Ferreira, o que gerou elogios do técnico do time inglês, Thomas Tuchel.

"Era um adversário forte, um típico time sul-americano. Eles eram muito bons individualmente e tinham enorme solidariedade e disciplina. Então sabíamos que seria difícil criar muitas chances. Tivemos que ser pacientes, mas implacáveis ao mesmo tempo”, disse Tuchel em coletiva pós-jogo.

O Verdão não foi tão inferior como muitos apostavam. Jornalistas estrangeiros destacaram a inteligência de Abel Ferreira. A capacidade de trabalhar bem com o seu plantel e montar uma estratégia que dificultou as chances de um adversário com condições de montar uma seleção.

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Abel Ferreira afirmou, após o jogo, que iria proibir seus jogadores de não valorizar o 2º lugar (Foto: Divulgação/Fábio Menotti/Palmeiras)

"Esse treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, deve ser muito bom. Crédito para sua equipe, é curioso que eu não tenha visto seu nome ligado a todos esses grandes trabalhos europeus / ingleses que surgiram", elogiou o correspondente do Chelsea, site O Gol.

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Ao lado de Veiga, Gustava Scarpa é um dos atletas que mais evoluíram com Abel Ferreira (Foto: Divulgação/Fábio Menotti/Palmeiras)

O vice-campeonato no Mundial mostrou a importância de qualificar não só o time, como o banco de reservas, sendo o Verdão um dos grandes candidatos a ganhar a Libertadores novamente nos próximos anos, e assim deve voltar a brigar pelo Mundial.

Em um dia de sorte, o caneco pode vir, o mais difícil é estar lá.